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Monserrate | Os Espaços

Updated: May 30

Quimera (Portão de entrada) - À entrada do parque, duas quimeras lembram-nos que, para lá destes portões, está um mundo fantástico.


Arco de Vathek - Este arco seria originalmente a entrada da propriedade. Evoca várias características do Romantismo: exaltação dos sentidos, a recriação de ambientes exóticos e a provocação de emoções fortes, envolvendo o visitante num misto de sensações. Neste jogo, o arco tem um aspeto natural e, em simultâneo, instável. Porém, trata-se de um elemento criado com estas características. O nome atribuído ao arco, no século XIX, por Thomas Cargill, foi “Arco ou Entrada de Vathek” e foi uma homenagem à obra de William Beckford, Vathek (1786) por se crer ter sido este a concebê-lo.


Cascata de Beckford e Lago de Hipocrene - Cenário parcialmente recriado. A cascata é um elemento semiconstruído, sendo a parte inferior constituída por uma grande rocha natural e a parte superior por um empilhamento estratégico de pedras de dimensões menores. O efeito da cascata confere um ambiente tropical ao local. O lago é um acrescento do tempo de Francis Cook. Deve o nome - Lago Hipocrene - à sua forma original em ferradura, remetendo para a mitologia clássica. Em termos práticos, o lago funciona como reservatório para a pequena cascata que se lhe segue, abastecendo todo o Vale dos Fetos.


Vale dos Fetos - No século XIX, este vale mantinha-se regado e húmido por um sistema de condução de água em telhas de cerâmica que permitia manter a permanente reposição da humidade relativa, bem como a rega por alagamento.


Ruína Romântica - A estrutura é contemporânea do primeiro Palácio de Monserrate, mandada construir por Gerard de Visme, a partir de 1790. Na sua origem, teria uma função decorativa da paisagem, sendo também referida como local para alojar os tratadores de cavalos. Trata-se da única testemunha física da arquitetura do palácio de De Visme, com janelas, ameias, pináculos, cantarias, estuques e fingimentos semelhantes aos que surgem nas ilustrações do palácio. Quando Francis Cook adquiriu a propriedade já se encontrava em ruínas. A edificação foi engolida pela vegetação, integrando-a na paisagem romântica do parque, onde a árvore representa a supremacia da Natureza sobre o Homem. A árvore-da-borracha-australiana foi plantada neste local em 1925 por Herbert Cook, neto de Francis.


Lagos Ornamentais - Os lagos, que terão sido construídos depois de 1890, recebem a água proveniente da Cascata e proporcionam um habitat privilegiado para espécies que dependem do meio aquático tais como, os anfíbios de que são exemplo a salamandra-de- pintas-amarelas; e duas espécies que só existem na Península Ibérica: o tritão-de-ventre-laranja e a mais rara rã-de-focinho-pontiagudo. No lago maior, na margem que se orienta para o relvado, era comum colocar-se um palco de madeira, onde se faziam bailes. Era também comum a realização de atividades como passeios de barco ou a realização de piqueniques junto aos lagos.


Jardim do México - No seu parque, Francis Cook tinha como objetivo criar um ambiente natural para a introdução de plantas com as mais diversas origens, aproveitando as condições naturais. Na vertente virada a sul existiam condições para criar espécies de climas quentes e secos, ditando a criação do Jardim do México, tendo-se desviado a linha de água do vale e modelado as encostas em terraços. O jardim inclui uma coleção muito interessante de espécies tropicais como palmeiras, yuccas e cicas, e espécies de climas quentes como os agaves, as suculentas e os catos.


Roseiral - O Jardim das Rosas, como originalmente foi denominado, era composto por uma coleção de roseiras. Para Francis Cook, a rosa era a "Rainha das Flores", sendo também a flor da Inglaterra, e representava tudo o que os jardins do Oriente podiam trazer à sua criação exótica. As roseiras plantadas na recuperação do jardim pertencem a um grupo de híbridos e espécies de origem subtropical, tais como as roseiras da China e da Índia, roseiras Chá e Noisette.


Relvado - Foi o primeiro relvado plantado em Portugal, oferecendo uma paisagem pitoresca e campestre ao jardim e um elemento essencial num jardim inglês. O acentuado declive foi aproveitado, instalando-se um sistema de irrigação inédito em Portugal, que permitia o relvado manter-se verde o ano inteiro, quase sem necessidade de mão de obra para a rega.


Caminho perfumado - Inserido no espírito do Romantismo, a estimulação do olfato nos jardins era um dos pontos mais importantes na conceção dos mesmos. Assim, as pérgolas, que se veem de cada lado do caminho, têm glicínias e jasmim, exalando um odor forte sobretudo na primavera, época em que a família Cook aqui residia.


Arco Indiano - Arco ornamental, que teria sido adquirido por Francis Cook após a Revolta dos Sipaios, ou dos Marajás, em 1857.


Cromeleque - Trata-se de uma estrutura decorativa construída no Parque, apesar da sua denominação, que nos remete para o megalitismo pré-histórico. Desconhece-se a sua origem e função.





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